As pontes de Madison
Robert James Waller
Editora Única, 2015
Sinopse: O ano é 1965,
e a cidade de Iowa, interior dos Estados Unidos, parece estar ainda mais quente
nesse verão. Francesca Johnson, uma mãe de família que vive uma vida pacata do
campo, não espera nada além dessa temporada do que o retorno dos filhos e do
marido, que viajaram. Sua tranquilidade, porém, será interrompida com a chegada
de Robert Kincaid, um fotógrafo de espírito aventureiro que recebeu a missão de
registrar as belíssimas pontes de Madison County.
Francesca e Robert
comprovaram para o mundo que o valor das coisas está realmente na intensidade
que elas carregam e não no tempo que duram. Casada, mãe, Francesca não deveria
ter sentimentos tão fortes por esse fotógrafo. Assim como ele, um homem tão
livre, nunca se viu tão preso a alguém que acabou de conhecer. E é justamente
assim que as paixões intensas funcionam: é como ser atingido por um raio quando
menos se espera, e, de repente, seu corpo e sua existência estão preenchidos de
energia, sem ter como voltar atrás para o estado anterior. E perdemos todo e
qualquer pudor ao ver que é possível, uma vez mais, encontrar espaço para
dançar.
As pontes de Madison dá
voz aos anseios de homens e mulheres de todo mundo e mostra, por meio desse
encontro fortuito e avassalador, o que é amar e ser amado de forma tão ardente
que a vida nunca mais será a mesma.
Eu
não ia solicitar livro em abril, mês de lançamento dessa história, mas sua
sinopse me atraiu de forma tão profunda que não consegui ficar alheia a ele. Fui surpreendida por uma narrativa simples,
mas um enredo forte.
“[...] ele me deu uma vida inteira, um universo e transformou minhas partes fracionadas em um todo.” p. 171
Quando
um escritor é procurado por Carolyn e Michael Johnson para contar a história de
amor da mãe deles em palavras, retratando-a em cenas e juntando as lacunas
nenhuma das partes estaria preparada para a avassaladora história que se
seguiria
É
1965....
Francesca
vive uma vida comum, mãe de dois filhos adolescentes, casada com um homem
honrado que lutou por seu país na guerra mais cruel de todas e tocando sua
propriedade rural, ela seria um exemplo de dona de casa e de moradora da
pequena Madison Country, mas a vida dela estaria bem próxima de passar por uma
grande reviravolta.
Robert Kincaid é um fotógrafo profissional
contratado pela revista National Geographic para tirar fotos das belas pontes que traçam o caminho da pequena cidade de Madison, para a
matéria de capa da próxima edição. Ao todo são sete, mas uma delas encontra-se
em difícil acesso para um peregrino como ele, portanto nada melhor que pedir
informação a uma nativa.
Uma série de acontecimentos e acasos faz com que Francesca
e Robert tenham a oportunidade de se envolverem por um curto prazo, como um
romance roubado sobreviveria? Ou, não sobreviveria a realidade?
“ele a admirou verdadeiramente, era perceptível. Ela se deleitou com aquela admiração e a deixou envolvê-la, penetrando em seus poros como um óleo suave pelas mãos de uma divindade qualquer que desertara em algum lugar, há anos, e agora havia regressado.” p. 108
Robert é um verdadeiro peregrino, sem amarras, mas
com sonhos é o total oposto de Francesca, uma mulher se vê desvalorizada pela
vida e por si mesma e que aos poucos vai resgatando a sua confiança. Eles conversam
sobre tudo. Ele nunca a acha tola, ele a ouve, ele a estima.
“Francesca imaginou que, para Robert Kincaid, esse era um assunto rotineiro. Para ela, era conteúdo literário. As pessoas de Madison Country não falavam desse jeito, sobre essas coisas. Só do clima, do preço dos produtos agrícolas, de novos bebês, de enterros, dos programas do governo e de times esportivo. Não de arte e sonhos. Não de realidades que mantivera, a música em silencio, os sonhos dentro de uma caixa.” p. 65
Eu poderia tê-la odiado pela questão do adultério, poderia
mesmo, afinal eu sempre fico do lado da parte traída, mas algo em Francesca não
me permitiu odiá-la, talvez por ter captado que não era sua intenção magoar ou
apenas sanar um desejo, ou seu amor por Robert tenha me amolecido.
Eu, depois de muito matutar pude fazer um
relacionamento com o titulo e a história, as pontes em geral, separam: separam
o rio das pessoas, mas no caso de Francesca e Robert ela uniu: não só por ter
sido o estopim para terem se conhecido, mas foi um elemento que os uniu para
toda a vida.
As pontes de Madison não é uma história feliz, nem
totalmente triste, apenas um retrato de um amor que nasceu com tempo contado,
mas que se fez suficiente pelo tempo que durou, por tudo que representou, pela
forma avassaladora com que aconteceu. Para mim é uma história antiga, mas tão
atual e tão intensa que mesmo por ter sido tão passageira e surpreendente foge
do modo fugaz como os relacionamentos tem se dado e mostra que amar está além
de estar junto, mas sim na capacidade de criar um elo indestrutível chamado nós.
Nota: Podem me xingar, mas até recentemente eu não sabia da adaptação para
as telonas, o filme foi lançado em 1995 com Meryl Streep no papel de Francesca.
Faz 20 anos do filme e tanto o mesmo quanto o livro continuam na lista dos mais
belos. Depois da leitura não resisti e fui assistir e realmente Meryl brilhou e
deu mais vida a Francesca.
Não conhecia o livro, apesar de já ter ouvido falar do filme (mas tb nunca assisti). Sinceramente não é meu estilo de leitura, porque não gosto de histórias envolvendo traições, por mais romanceadas que sejam. Mas - e eis aqui a coisa esquisita - não tenho problema nenhum em assistir algo assim, ou seja, o filme pode até rolar de eu assistir. Vai entender, né?! Coisa de doido, kkkkkk
ResponderExcluirSua resenha ficou linda! Quase fiquei tentada a ler o livro, hehe!
=)
Suelen Mattos
___________
ROMANTIC GIRL
Não conheço o filme, mas sabia da existência dele e estou curiosa para ler e assistir.
ResponderExcluirxoxo
Mila F.
@camila_marcia
www.delivroemlivro.com.br
Oie Thaila =)
ResponderExcluirO filme é lindo de mais e acredito que o livro seja mais ainda <3!
Quero muito ler ele *-*
Ótima resenha!
Beijos;***
Ane Reis.
mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
@mydearlibrary
Oi Thaila!
ResponderExcluirAinda não fiz nenhum dos dois, nem li o livro, nem assisti o filme... preciso começar por algum rs
Bjks!
http://www.historias-semfim.com/
Oi Thaila, o filme é realmente belo!
ResponderExcluirJá li o livro, mas tem muito tempo. Lembro que gostei e que na época a história me emocionou muito.
Linda e tocante resenha. Bjus
Lia Christo
www.docesletras.com.br
Oi Flor
ResponderExcluirSou uma Suelen da vida, haha, não é meu estilo de leitura.
Como sempre resenha maravilhosa.
Milbeijos
ModaeEu
Oi Thaila! Não conhecia o livro e parece ser bem apaixonante mesmo. Apesar de não curtir enredos envolvendo traições, me interessei. :)
ResponderExcluirbeijos ♥
nuclear--story.blogspot.com
Oie Thaila
ResponderExcluireu sabia da adaptação, mas não fazia ideia do livro rs
eu sempre fico do lado do "traído", mas não sei qual seria a minha posição nessa história.
Bjos
www.mybooklit.com
Eu também não sabia que existia um filme desse livro. O legal é que a maioria conhece e ama, então avacalharam comigo quando disse que não conhecia. kkkkkk Não pretendo ler por agora, ma achei o mote interessante, embora um pouco triste.
ResponderExcluirBjs, @dnisin
www.seja-cult.com
Oiee ^^
ResponderExcluirTambém não sou muito fã dos personagens adúlteros, assim como você, acabo ficando do lado da traída...
Não tenho vontade de ler esse livro, não curti muito a premissa dele *-* Não sabia da adaptação também *-*
MilkMilks
http://shakedepalavras.blogspot.com.br
Eu já sabia do filme antes de saber do livro, queria muito ver por conta da Maryl Streep que com certeza deve ser mais uma bela atuação.....Mas nunca li, nem vi pq sempre me pareceu uma história triste
ResponderExcluirbjs
Esse livro é lindo! Vale muito e o filme também!
ResponderExcluirThailinha, querida
ResponderExcluirQue historia de amor linda, não é? Pois As Pontes de Madison é o meu filme preferido, tanto que comprei o dvd e já vi mais se 20 vezes, hahaha! Acho a interpretação de Meryl e Clint impecável e extremamente comovente. Choro e suspiro muito toda vez que revejo...
Por isso pedi esta edição comemorativa pelo efeito que o filme teve sobre mim... mas confesso: apesar de linda história de amor, este é um daqueles raros casos onde o filme fica melhor que o livro. Não que o livro não seja bom. O filme é fidelíssimo ao livro, mas os dois gigantes Meryl e Clint, além da maravilhosa sintonia, colocaram no filme o algo a mais que faltou ao texto.
Ainda assim recomendo a leitura, que é perfeita para os romanticos e suscita muitas reflexões sobre a vida, nossos sonhos e relações.
caralho
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