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quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Resenha Eu Perdi o Rumo



Eu Perdi o Rumo
Gayle Forman
Arqueiro, 2018

Sinopse: Freya perdeu a voz no meio das gravações de seu álbum de estreia. Harun planeja fugir de casa para encontrar o garoto que ama. Nathaniel acaba de chegar a Nova York com uma mochila, um plano elaborado em meio ao desespero e nada a perder.
Os três se esbarram por acaso no Central Park e, ao longo de um único dia, lentamente revelam trechos do passado que não conseguiram enfrentar sozinhos. Juntos, eles começam a entender que a saída do lugar triste e escuro em que se acham pode estar no gesto de ajudar o próximo a descobrir o próprio caminho.
Contado a partir de três perspectivas diferentes, o romance inédito de Gayle Forman aborda o poder da amizade e a audácia de ser fiel a si mesmo. Eu Perdi o Rumo marca a volta de Gayle aos livros jovens, que a consagraram internacionalmente, e traz a prosa elegante que seus fãs conhecem e amam.


Eu perdi minha voz.
Eu perdi meu amor.
Eu perdi minha casa.
Eu perdi o rumo.


“Eu perdi o rumo” é um daqueles livros que eu sabia que mexeriam comigo antes mesmo de abri-lo, também pudera, em 2018 talvez essa tenha sido a frase que mais repeti! Acho que todos nós em algum momento perdemos o rumo, seja pela questão profissional como é o caso de Freya, ou afetivamente como Harun, ou emocionalmente como Nathaniel. Tos nós em mais de um ponto e por mais de uma vez poderemos nos identificar com esses três personagens tão próximos entre si e também de nós mesmos enquanto leitores.


“Os três podem ser perfeitos desconhecidos, com vidas diferentes, problemas diferentes, mas ali, naquele consultório, estão medindo a tristeza da mesma forma.  Estão medindo em perdas.” p. 70


Quando os caminhos dessas três pessoas, perdidas em si mesmas e em seus problemas e questionamentos talvez não tenha sido meramente acaso, mas sim uma ajuda dos céus para que eles pudessem se ajudar. O caminho é sempre mais leve quando se pode dividir o fardo, não é?

Gayle foi criando uma teia de emoções e ações que com certeza transformaram seu livro em algo único e encantador, a beleza da forma como ela trata esse ato de se perder e de buscar se reencontrar é incrível e com certeza um bálsamo de esperança, apesar disso eu confesso que esperei mais das páginas finais e fiquei com aquela cara de interrogação por ela ter terminado a história num momento tão impactante, apesar que uma parte de mim acredita que haverá um próximo livro trazendo as consequências do ato de se libertar das coisas, fatos e pessoas que faziam com que os personagens estivessem tão perdidos e mostrar a capacidade de cada um deles de reencontrar a si mesmos nesse processo de metamorfose.

Trabalhando perdas, ganhos, amizades, sofrimentos e decepções, Gayle mais uma vez entra no universo literário de forma à aproximar cada vez mais leitores e personagens, os dramas vividos por Freya, Harun e Nathaniel são relevantes, autênticos e atuais e a forma como ela equilibrou tudo isso em sua narrativa dinâmica merece uma avaliação positiva ao extremo, a capacidade dela de criar identificação e empatia é louvável e por muitas vezes eu parei e inspirei fundo antes de continuar. Acho que é a mensagem mais linda de toda a trama, ao menos para mim é “Não se permita desistir”, seu mundo é feito de perdas e ganhos e saber equilibrar tudo isso numa balança imaginária é necessário. 


“É a esperança que faz doer. Harun sabe disso. Nathaniel sabe disso. Freya também sabe.” p. 59


A autora também toca na importância do outro para nós mesmos, ninguém precisa remar sozinho para alcançar a praia, nós vivemos em um mundo cada vez mais isolante, as pessoas vivem suas vidas, seus problemas e suas alegrias de uma maneira muito sozinha e saber e ter alguém com quem compartilhar a vida, seja um amigo, um parente ou um pseudo-conhecido é importante para a criação de vínculos que devem se estreitar. Com um enredo atual, marcante e conquistador Gayle mais uma vez me arrebatou e transformou seu mais novo livro em um dos meus queridinhos!

8 comentários:

  1. Oi Thaila! Este livro é muito legal, a autora conseguiu trazer uma história cheia de nuances e personagens com dramas bem realistas. Bjos!! Cida
    Moonlight Books

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  2. Oie Thaila =)

    Fico feliz que você tenha aproveitado a leitura e que o livro tenha te marcado tanto, ao ponto de se tornar um de seus queridinhos. Infelizmente os livros da Gayle não funcionam tão bem comigo, tanto que já desisti de tentar ler algo dela.

    Beijos;***
    Ane Reis | Blog My Dear Library.

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  3. Olá!
    Como sempre resenha de muito bom gosto, amei. Não tinha visto nenhuma resenha ainda desse livro, e curti bastante.

    Beijos

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  4. Olá Thaila,

    Esse livro está na minha lista de desejados e essa é a primeira resenha que leio dele, gostei de saber que a história é boa...parabéns pela resenha...bjs.


    https://devoradordeletras.blogspot.com

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  5. É um livro que estou namorando para comparar faz um tempo, e pela resenha parece ser muito bom de ler.

    Aceita Café?

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  6. Eu adorei este livro menina! Foi uma coisa tão cheia de amizade. Se todos fossem assim o mundo seria bemmelhor!

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  7. Olá,
    Gostei do pouco que li da autora, simpatizo muito com as abordagens dela.
    Espero ler esse também.

    até mais,
    Nana - Canto Cultzíneo

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  8. Não conhecia o livro, mas sua resenha me deixou bem curiosa;
    Já anotei na lista de compras para 2019, pq esse ano já chega de gastar, kkkkkkkk

    www.fuxicoserabiscos.com.br

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