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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Resenha Quando você Voltar



Quando Você Voltar - Kristin Hannah

Arqueiro 2013 

Sinopse: Como tantos casais, Michael e Jolene não resistiram às pressões do dia a dia e agora estão vendo seu relacionamento de doze anos desmoronar. Alheio à vida familiar, Michael está sempre mergulhado no trabalho, não dá atenção às duas filhas e não faz a mínima questão de apoiar a carreira militar da esposa. Então Jolene é convocada para a guerra.
Ela sabe que tem um dever a cumprir e, mesmo angustiada por se afastar de casa, deixa para o marido a missão de cuidar das meninas e segue para o Iraque. Essa experiência mudará para sempre a vida de toda a família, de uma forma que ninguém poderia prever.
No front, Jolene depara com a dura realidade e precisa, mais do que nunca, recorrer à sua força e inteligência para se tornar uma heroína em meio ao caos. Em suas mensagens para casa, ela retrata um mundo cor-de-rosa, minimizando os horrores que vivencia com o objetivo de proteger todos do sofrimento.
Mas toda guerra tem um preço, e ela acaba se vendo protagonista de uma tragédia. Agora Michael precisa encarar seus medos mais profundos e travar uma batalha em nome da família.



Jolene acredita que tanto a felicidade quanto a tristeza são escolhas, por isso vinda de uma família desestruturada procurou maneiras de recriar sua vida de forma a ser feliz. Bem, ela conseguiu. Criou uma carreira nas forças armadas como piloto, encontrou um grande amor, teve duas filhas lindas e tem a melhor amiga do mundo, Tami.
Entretanto, quando olhamos mais à fundo percebemos que Michel, marido de Jolene, se fechou após a morte do pai e o casamento esfriou. Betsy, filha pré adolescente do casal, está vivendo sua fase rebelde e as discussões com a mãe são frequentes. Isso pode ser o cotidiano de muitas famílias, mas após os conflitos de 11 de setembro sempre pairava sob a cabeça de um militar a convocação para o Iraque.
Depois de seu aniversário de 41 anos a vida de Jolene vira de ponta cabeça: seu marido diz que não a ama mais, sua filha está intratável e ela foi convocada juntamente com Tami e sua equipe para o Iraque. Negar-se não é uma possibilidade, já que o dever patriótico é o que move um soldado.
Juntamente com sua amiga o Iraque se torna um lugar menos assustador para Jolene, afinal ela precisa passar a tranqüilidade que não sente à sua família, garantir que ficará bem, mesmo sem saber se acordará viva no dia seguinte. A amizade entre as duas pilotos é um cerne central na trama, com uma amizade tudo se torna mais fácil, já que cada uma se ampara nos momentos difíceis.
Se meses a fio Jolene lutou contra bombardeios inimigos e missões brancas, a família Zarkedes precisa reorganizar a rotina da casa. Michel tem lidar com as inseguranças das filhas e o trabalho como advogado, ao mesmo tempo em que percebe a falta que Jolene faz a sua vida e o quanto ela lhe é importante.
Pelos relatos de Jolene vamos conhecendo a vida de um soldado: seus medos, inseguranças e os horrores de uma guerra que a meu ver se desenvolveu mais graças à uma luta de egos do que de uma real preocupação com a paz. Entretanto, aqueles que lutaram realmente para restabelecer a paz merecem todo o respeito, pois foram verdadeiros guerreiros!
Chorei demais, do começo ao fim. Primeiro chorei por Michel e Jolene que foram se afastando em vez de lutar e reconstruir a relação, chorei por Betsy que não passa de uma menina assustada doida para se enturmar. Chorei por Lulu, a caçulinha da família, que em sua inocência não compreendia a gravidade da situação. Chorei por uma família que se afastou. Chorei por imaginar tantos horrores que podiam ser reais de tão bem descritos. Chorei por Jolene e por todos seus momentos perdidos ao lado da família. Chorei ainda mais por ela, já que como a guerreira forte que é lutou não só pela sua vida, mas também para proteger sua família de toda a destruição que seus olhos virão. Chorei por Tami, Smith e tantos outros soldados que são pseudônimos para tantos outros que realmente enfrentaram o Iraque. Chorei pelas mortes, pelas famílias destruídas, chorei por tudo aquilo que desconhecia, por tudo o que senti com a leitura.
O livro é dividido em duas partes, isso é importante frisar. Uma das partes se desenvolve antes a ida de Jolene para a guerra e sucessivamente seus relatos e uma segunda parte que conta a volta dela ao lar, ela não é mais a mesma (em muitos sentidos) e como ela e seus familiares vão lidar com essa nova Jolene é algo que nos sentimos impelidos a acompanhar.
Comparo Kristin com Nicholas sparks, ambos conseguem escrever mesclando romance e drama em uma medida em que a história fica natural. Todo o trabalho da autora de trazer o romance de forma bem desenvolvida em uma história com carga dramática tão forte só pode ser feito por uma pessoa que tenha total controle do processo criativo de sua trama, em momento nenhum senti que a autora se perdeu em sua trama e nem senti que ela acelerou a trama em determinados pontos, tudo foi verdadeiro e intenso, sem nenhuma linearidade, tal como é a vida.
Com uma história bem escrita e cuidadosa Kristin nos presenteia com a emoção de uma trama que poderia muito bem ser real e quanto seus relatos não se assemelham à verdade daqueles que foram para uma guerra, deixaram aqueles que amaram e depois voltaram e tiveram que aprender a recomeçar!
Além disso, o relacionamento de Michel e Jolene mostra a importância do cuidar do amor. Simplesmente termino dizendo que a autora está na lista de minhas preferidas e que gostaria muito de que por essas cada um de vocês que leiam essa resenha se sintam convidados a ler e se encantar por essa história, por se apaixonarem um pouco por cada um dos personagens e simplesmente fiquem como eu: arrebatada.

33 comentários:

  1. Li apenas um livro da Khristin mas já me tornei fã da escrita da autora, que é sempre muito bem construída, esse ainda não tenho, mas estou montando uma coleção com os livros da autora e pretendo adquiri-lo em breve.

    http://soubibliofila.blogspot.com.br/

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    1. Não deixe de adicionar esse livro a sua listinha; junto com uma caixinha de lenços

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  2. Se não me engano, eu nunca li nada dessa autora, mas ela já me foi recomendada. Eu não curto Nicholas Sparks, então a comparação com ele me deixou com o pé atrás, por outro lado, eu gosto de dramas familiares, então pode ser que eu dê uma chance a ele.
    Beijos

    blogfalandodelivros.blogspot.com.br

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    1. A comparação é mais sobre a forma de escrever e emocionar

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  3. Puxa, tá aí um livro que eu sinto que preciso ler. Fiquei encantada com a sua resenha e com os sentimentos que você descreveu, Thaila! Acho que é o tipo de livro que eu amaria! Adorei a dica e vou até anotar aqui!

    Beijos,
    Inara
    www.lerdormircomer.com.br

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    1. é um livro que recomendo a todos, pois acho difícil alguém que primeiro não se sinta tocado e depois emocionado com a leitura

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  4. Convite aceito, Thaila! Nunca li nada da autora, mas já ouvi falar muito bem de sua escrita. Então pretendo dar uma chance a ela em breve, a começar por esse livro.
    Beijinhos!
    Giulia - Prazer, me chamo Livro

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  5. Olá Thaila,
    Sua resenha surtiu efeito em mim: Fiquei com muita vontade de ler esse livro.
    Só ouço coisas boas sobre a Kristin e sua resenha não se fez diferente.
    Parabéns pela escrita :)
    Beijos
    http://mileumdiasparaler.blogspot.com.br/

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    1. eu precisava transmitir um pouco das minhas emoções para essa resenha!

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  6. Oiii. Eu amo a Kristin. Ela sabe escrever livros como ninguém. O Jardim de Inverno me fez chorar e ela também escreve sobre a guerra. Faz tempo que quero ler este livro que você resenhou, já está na minha lista! Mas não sabia que era sobre isto. Amei!

    Beijos

    Greice Negrini

    Blogando Livros
    www.amigasemulheres.com

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    1. como fã da autora você irá adorar e principalmente se emocionar

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  7. Não é exatamente meu estilo de leitura, pois não sou muito chegada a dramas. Mas, puxa, fiquei muito curiosa em relação a como ficou o relacionamento do casal no final das contas....
    Acho que eu desidrataria lendo esse livro... só acho, hehe!!!

    ^__^

    Suelen Mattos
    ROMANTIC GIRL

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    1. eu desidratei e mais ainda tive uma ressaca literária incrível, só pensava nesse livro e no sentimentos e até demorei pra resenhar!

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  8. Oi Thaila, tudo bem?

    Tenho uma amiga que é fã da Kristin e vive falando para eu ler os livros dela. Ainda não li, confesso, mas tenho Jardim de Inverno. Espero poder ler em breve

    beijos
    Kel
    www.porumaboaleitura.com.br

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  9. Thailinha, meus olhos brilharam ao ver kristin Hannah... porque, como vc sabe, ela se tornou minha queridinha depois de ler Amigas para sempre e Por toda a eternidade. Adoro a emoção em cada página, ela tem muita sensibilidade na escrita e carrega a trama com habilidade, com pontas que se unem no final e explicações sempre compreensíveis, personagens humanos e problemas reais.
    Um drama familiar assim sempre traz lições para o leitor, que se coloca no lugar dos personagens e sofre com eles. Compreendo perfeitamente quando vc diz que chorou e chorou e chorou, Hannah tem esse poder de sensibilizar, apaixonar, encantar. foi assim comigo tb.
    Mais um pra minha lista, com certeza!
    AMEI sua resenha apaixonada e emocionada.
    Beijo!

    Minhas novas resenhas, aprecio muito sua opinião:
    Ler para Divertir
    As Meninas que Leem Livros

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    1. depois de um comentário desses é impossível replicar, você conseguiu perceber tudo Manu, a Kristin tem realmente esse poder de criar gente real, situações muito semelhantes a realidade que dão o charme ao livro!

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  10. Oi Thaila, tudo bem?

    É uma vergonha, mas eu nunca li nada dessa autora. Fiquei curiosa para ler esse livro, gosto de histórias emocionantes, com romance, drama familiar, guerra e tudo mais.

    Beijos,

    Pah - Livros & Fuxicos

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  11. Oie Thaila =)

    Apesar de sempre ler resenhas elogiando a escrita da Kristin, acredita que eu nunca li nada dela?
    Morro de curiosidade, pois elas me parecem ser encantadoras e emocionantes.
    Parabéns pela resenha!

    Beijos;***

    Ane Reis.
    mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
    @mydearlibrary


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    1. Realmente Ane, Kristin surpreendeu por dominar a escrita e a carga dramática que cercam suas histórias.

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  12. Não conheço a autora, mas confesso que essa temática de livro não é uma das minhas favoritas. Me lembra muito Nicholas Sparks e seus dramas, não me agrada tanto. Acredito que o livro seja bom, só não é meu estilo de leitura.

    http://www.laoliphant.com.br/

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  13. Gostei da resenha Thaila. Amo a escrita da Kristin Hannah e assim como você concordo que ela é uma espécie de Nicholas Sparks de saia. Este é o único livro dela que eu ainda não tenho e se tiver a oportunidade, com certeza quero lê-lo. Beijo!

    www.newsnessa.com

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    1. Espero que leia, eu com certeza quero ler outros livros dela

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  14. Era esse o sentimento que queria passar aos leitores, uma vontade ímpar de ler o livro

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  15. Era esse o sentimento que queria passar aos leitores, uma vontade ímpar de ler o livro

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  16. Oi Thalita!! Eu nunca li nenhum livro da Kristin, mas fiquei bem curiosa em relação a essa história, ela parece ser bem emocionante!! Apesar de você ter dito que ela parece com o Nicholas Sparks e eu não sou do tipo que curte muito o livro dele, essa resenha me deixou com aquela vontade de quero mais kk
    Parabéns pelo blog!!

    livrosocmchadastres.blogpot.om

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    1. a trama é muito boa, acredito que venha a ser significativa para todos, até mesmo quem não gosta tanto do estilo!

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  17. Oi! Ao ler a sua resenha me lembrei de alguns elementos do livro Amigas para Sempre desta msm autora, gostei de sua resenha e aceito o seu convite! Este livro já está na minha lista de leitura!! Bjoo

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    1. é tão bom quando despertamos esses sentimentos nos leitores!

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  18. Oi Thaila,
    Eis um livro que quero ter na minha estante. Obrigada pela dica e pelas maravilhosas palavras, emocionada antes de ler o livro. Bjus boas leituras!

    http://amagiareal.blogspot.com.br/

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