Resenha Qual seu número?

Qual seu número?

Karyn Bosnak

Novo Conceito, 2011

Sinopse: Delilah Darling tem quase 30 anos e já se relacionou com 19 rapazes. Sua vida sentimental não tem sido exatamente brilhante, pois todo cara que conhece parece fugir do relacionamento. Quando lê uma matéria no jornal em que a média de homens para uma mulher de 30 anos é de 10,5, fica desesperada e assustada por estar muito acima dela. Além de tudo, o artigo no jornal terminava falando que, se a mulher tivesse o número acima dessa média, seria impossível achar a pessoa certa. Na tentativa de não aumentar seu número e perder de vez a chance de se casar, Delilah sai à procura de seus antigos namorados e tenta reconquistá-los. Será que um deles estará disposto a esquecer o passado e começar uma linda história de amor? Qual Seu Número? revela os segredos de cada mulher e prova que, quando se trata de assuntos do coração, números são apenas uma fração de tempo.

Delilah é uma jovem que está chegando aos trinta anos, mas já conta com uma longa lista de romances infrutíferos, depois de ler que a média das mulheres tem cerca de 10,5 parceiros sexuais ao longo da vida e bem nossa doidinha protagonista está quase dobrando essa média!

Desesperada, mas decidida a fechar a cota ela decide que seu número 20 será o último, seu par perfeito, seu príncipe de cavalo branco e tudo mais. Entretanto, depois de desperdiçar sua última chance em uma noite deprimente e de bebedeira com mais um traste, além de arrasada nossa mocinha esta sem perspectivas, ser celibatária só vai causar ainda mais especulações sobre sua opção sexual em sua mãe, mas idaí? Ela sempre foi a ovelha negra mesmo! Isso que a mãe nem sonha que ela foi mandada embora da empresa em que trabalha! Ou melhor trabalhava!

Disposta a encontrar um homem perfeito, Delilah não irá em busca de um novo amor, mas sim procurar em seus antigos amores o cara. Afinal, algum de seus ex devem ter mudado a ponto de valer à pena uma nova oportunidade... Nada que uma selecionada não ajude também, pois vamos combinar tem uns elementos que é melhor realmente esquecer!

“Tenho 3,988 dólares e 42 dias para encontrar 16 rapazes. Eu posso fazer isso. Eu posso! Levanto, corro para o meu quarto e começo a fazer as malas. Vou botar o pé na estrada.” p. 91

 Para ajudá-la nessa missão, seu sexy e charmoso vizinho de origem irlandesa Colin Brody (leia tudo de bom entre o nome e o sobrenome). Colin é ator, mas também faz umas pontas como investigador particular e meio que caiu de gaiato nessa loucura armada por Delilah

Em uma louca jornada por todos os estados americanos possíveis e muitas loucuras na bagagem, embarcamos com Delilah e suas loucuras em uma divertida trama, não me espantar ter sido adaptado às telonas, o enredo é incrível! Divertido, dinâmico e com aquele ar de comédia romântica que tanto me atrai. Em vários momentos me peguei, rindo, suspirando, querendo bater em Delilah, amando Colin... são reações naturais! A mãe de Delilah é completamente insana e acaba agregando ainda mais diversão à trama.

Uma coisa que me desagradou é que Delilah se acha fácil, eu não a vejo assim, penso nela como uma mulher independente que está em busca de amor e que deu alguns tropeços nessa busca, além do que ela se preocupa demais com as pessoas, com o que pensarão, como a tratarão e se esquece dela mesma, como ela pensa, como ela se trata, como se respeita. Sem falar que ela faz tempestade em copo de água, ela se parece comigo em alguns pontos: desesperada e atribulada!

Em suma, “Qual seu número?” é leve, divertido, muito bem escrito, uma comédia romântica moderna que arranca risos por sua originalidade e deixa uma mensagem interessante com a qual gostaria de finalizar essa resenha:

“Um homem muito sábio me disse, certa vez, que se você vai pensar sobre o seu passado, em vez de pensar nas razões pelas quais você não deveria ter feito o que fez, é melhor pensar nas razões pelas quais você fez o que fez. Acho que, desde que você tenha aprendido qualquer lição que precise ser aprendida e saiu da situação como uma pessoa melhor, então não faz sentido se arrepender” p. 398