Um Beijo Inesquecível
Os Bridgertons 7/8
Julia Quinn
Arqueiro, 2016
Sinopse: Toda a alta
sociedade concorda que não existe ninguém parecido com Hyacinth Bridgerton.
Cruelmente inteligente e inesperadamente franca, ela já está em sua quarta
temporada na vida social da elite, mas não consegue se impressionar com nenhum
pretendente.
Num recital, Hyacinth
conhece o belo e atraente Gareth St. Clair, neto de sua amiga Lady Danbury.
Para sua surpresa, apesar da fama de libertino, ele é capaz de manter uma
conversa adequada com ela e, às vezes, até deixá-la sem fala e com um frio na
barriga.
Porém Hyacinth resiste
à sedução do famoso conquistador. Para ela, cada palavra pronunciada por Gareth
é um desafio que deve ser respondido à altura. Por isso, quando ele aparece na
casa de Lady Danbury com um misterioso diário da avó italiana, ela resolve
traduzir o texto, que pode conter segredos decisivos para o futuro dele.
Nessa tarefa, primeiro
os dois se veem debatendo traduções, depois trocando confidências, até, por
fim, quebrarem as regras sociais. E, ao passar o tempo juntos, eles vão
descobrir que as respostas que buscam se encontram um no outro... e que não há
nada de tão simples – e de tão complicado – quanto um beijo.
“Hyacinth Bridgerton? Certamente não é para se casar. p. 29”
Hyacinth
só por carregar o sobrenome Bridgerton já seria uma pessoa olhada as esguias,
franca e absolutamente irônica a moça não leva desaforos para casa e faz jus ao
sobrenome que carrega, para ajudá-la a afiar ainda mais a língua, ela é amiga
de ninguém mais ninguém menos do que da renomada e há muito conhecida lady
Danbury, simplesmente a maior desbocada de Londres!
Não
que Hyacinth precisasse de incentivo, é sempre bom relembrar...
Nossa
mocinha estava entediada do que as temporadas casamenteiras poderiam oferecer e
por mais que o medo de sua mãe dela ficar solteirona fariam com que ela se
casasse com um jovem a quem nunca chegaria a amar, ela queria o que os pais e
os irmãos tinham e ninguém havia arrebatado seu coração, até...
Gareth...
O
jovem Gareth St. Clair é um jovem muito bem apessoado, mas sem posses. Ele e o
pai carregam rusgas há tempos e isso faz com que o jovem se veja sem apoio
paterno, o ódio de pai para filho é tão grande que o barão, patriarca da
família, está disposto a lapidar todo o patrimônio para quando morrer deixar o
seu único herdeiro à míngua. Os caminhos dele e da jovem Bridgerton nunca
teriam se cruzado se ele não fosse neto de lady Danbury.
Tudo
sem complica ainda mais quando Gareth recebe uma encomenda especial: o diário
da avó paterna, que contem segredos e surpresas e para decifrá-lo, aj que esta
em italiano, ele precisará de a ajuda de Hyacinth e como dizem, ai a vaca foi
pro brejo!
Entre
muita provocação, planos e beijos você vai se encantar por esse casal.
“St. Clair era um quebra-cabeça. E Hyacinth odiava quebra-cabeças.”“Bem, não, na verdade os adorava.” p. 48
Hyacinth
é a Bridgerton que vi crescer pelos livros anteriores, por acompanhá-la desde a
menina perguntadora até a jovem sem papas na língua foi muito bom tanto para
mim que fui criando laço de afeição com ela, quanto para a personagem que foi
sendo construída cuidadosamente ao longo dos livros. Isso é um trunfo próprio
da Julia, de saber ir acrescentando características aos seus personagens sem
deixá-los enjoativos para que tenham espaço de crescem em suas tramas
individuais.
Assumo
que gostaria de ter as qualidades da mesma: sua franqueza, espontaneidade em
todas as situações, de não levar desaforo pra casa e sempre conseguir responder
a altura, pois acreditem ou não, sou tímida e quando atacada ou criticada me
fecho, mas não consigo revidar.
Já
para construir Gareth ela se vale de um conceito mais antigo e já clichê, mas
não menos elaborado graças ao seu ar rebelde, boêmio, misterioso... confesso,
to apaixonada por ele! ele também tem esse ar desbocado, estilo “to nem ai”,
“convenções que se lasquem!”, mas tanto ele quanto Hyacinth tem essas mascaras
para encarar a realidade e sobreviver nela, mas por dentro são manteigas
derretidas, como eu.
“A simples ideia de ter Hyacinth Bridgerton como sua companheira de vida... Parou por um momento, piscado, surpreso. Bem. Não era horrível, na verdade, mas ao mesmo tempo deixava qualquer homem bastante inquieto.” p. 114
No
livro faltou aquele humor de fazer dar gargalhadas, mas isso não me incomodou
nenhum pouco, pois se falta aquele humor escancarado, Julia apostou em ironia,
diálogos e personagens mais descontraídos e situações mais inusitadas para dar
vida ao seu livro.
Tem
claro uma carga dramática forte na relação de Gareth com o barão,
principalmente se comparar com a relação entre os membros da família
Bridgertons que são afetivos, faladeiros e se preocupam uns com os outros.
Então, preparem-se pois vocês odiarão o barão St. Clair! Gravem minhas
palavras, leiam e depois venham contar se não é vero.
Vou
novamente tirar o chapéu para Julia por causa dos personagens secundários, lady
Dunbury é uma figura! Ela chegou na idade de não se importar mais com o que
fala, de quem fala, onde fala e quando fala, a sinceridade e a ironia em
pessoa!
“−Mas não pensem [...] que vou deixá-los por muito tempo. Eu o conheço – declarou, apontando a bengala para Gareth- e, se acha que confio a virtude dela a você...”“−Eu sou seu neto”“−Isso não o torna um santo [...]” p. 172
Nesse
livro encontrei um diferencial, Julia trabalhou o tempo de forma distinta de
seus outros livros, ela se vale de formas de discurso diferentes para trabalhar
sua sequência cronológica, neste livro há fatos que ocorrem concomitantemente,
como pensamentos e ações de Gareth e Hyacinth, então para dar vez e voz igual
aos fatos e histórias desses personagens ela fez marcações temporais para dar
coerência a sua trama, valeu-se de, por exemplo, “dez anos antes”, “no momento
presente”, “trinta minutos após” e assim por diante, para marcar tempo e ações,
em livros anteriores não notei tal fato e achei interessante, pois nessas
marcações sempre há um comentário divertido.
Vou
assumir que já estou um pouquinho melancólica pelo final da trama, Gregory é o
último da família e confesso que não estou preparada para me despedir de nenhum
dos oito irmãos, mas ao mesmo tempo me sinto agradecida por cada uma das
histórias. A editora Arqueiro mais uma vez esta de parabéns, sem erros, texto
coeso, bem acabado, com fonte, papel agradáveis e capa linda, totalmente
elaborada em traduzir Hyacinth, por vários motivos ouso dizer que é o livro ao
qual mais me afeiçoei!
Eu
amei e quero muito que vocês também o amem!
Eu estou no livro quatro dessa série ainda e cada vez mais empolgada com a escrita da autora. Ótima, enredo envolvente e a leitura flui muito rápido. Sempre tenho romances históricos para intercalar porque é certeza de boa leitura.
ResponderExcluirBjs, @dnisin
www.sejacult.com.br
Eu estou no livro quatro dessa série ainda e cada vez mais empolgada com a escrita da autora. Ótima, enredo envolvente e a leitura flui muito rápido. Sempre tenho romances históricos para intercalar porque é certeza de boa leitura.
ResponderExcluirBjs, @dnisin
www.sejacult.com.br
Oi Thaila!
ResponderExcluirAi, você me lembrou que eu parei no 3º livro dos Bridgertons :(
Preciso ir atrás dos outros livros, essa série é maravilhosa!
Beijos,
Sora - Meu Jardim de Livros
Eu estou me preparando psicologicamente para ler esse sabendo que falta tão pouco para a série encontrar seu fim, não vai ser fácil, mas tudo que começa precisa de um fim néh?!?!? Adorei sua resenha, minha edição vai chegar na segunda, sua resenha me botou contando os dias, horas, segundos!
ResponderExcluirPandora
O que tem na nossa estante
Oie Thaila =)
ResponderExcluirO meu exemplar chegou ontem e estou doida para ler *---* E eu já sei que vou amar por que é Julia Quinn rs...
Beijos;***
Ane Reis.
mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
@mydearlibrary
Eu passei esse para a Michele que vai resenhar para o blog, e por essa resenha que você fez, eu tenho certeza que ela vai amar muito e vai devorar o livro!
ResponderExcluirResenha lindaaaa!!!
Bjks
Lelê
Oiee ^^
ResponderExcluirTambém não estou preparada para ler o último livro dessa série, não quero me despedir dessa família maravilhosa *-*
Adorei Lady Dunbury nesse livro, perdi as contas de quantas vezes ela me fez rir, juntamente com Hyacinth e Gareth. Esse foi um dos meus livros favoritos da Julia ♥
MilkMilks
http://shakedepalavras.blogspot.com.br/2016/01/nova-parceria-philippe-alencar.html
Ai meu Deus!
ResponderExcluirQue capa linda. Amei sua resenha, com certeza deve ser uma gostosura esse livro.
Mil beijos
www.modaeeu.com.br
Olá Thaila,
ResponderExcluirEssa série é super recomendada e me deixa bem curioso, mas para outro momento, ótima resenha.....bjs.
devoradordeletras.blogspot.com.br
também não estou preparada para me despedir dos irmãos Bridgertons. Inclusive o último livro que será lançado é o único que ainda não li, pois os sete primeiros já tinha lido e acabei relendo todos agora que foram lançados pela Arqueiro. E acredite, gostei ainda mais na releitura.
ResponderExcluirGisela
@lerparadivertir
Ler para Divertir