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segunda-feira, 2 de julho de 2018

Resenha A Luz Que Perdemos




A Luz Que Perdemos
Duas vidas. Dois amores. Uma escolha.
Jill Santopolo
Arqueiro, 2018
Sinopse: Lucy e Gabe se conhecem na faculdade na manhã de 11 de setembro de 2001. No mesmo instante, dois aviões colidem com as Torres Gêmeas. Ao ver as chamas arderem em Nova York, eles decidem que querem fazer algo importante com suas vidas, algo que promova uma diferença no mundo.
Quando se veem de novo, um ano depois, parece um encontro predestinado. Só que Gabe é enviado ao Oriente Médio como fotojornalista e Lucy decide investir em sua carreira em Nova York.
Nos treze anos que se seguem, o caminho dos dois se cruza e se afasta muitas vezes, numa odisseia de sonhos, desejo, ciúme, traição e, acima de tudo, amor. Lucy começa um relacionamento com o lindo e confiável Darren, enquanto Gabe viaja o mundo. Mesmo separados pela distância, eles jamais deixam o coração um do outro.
Ao longo dessa jornada emocional, Lucy começa a se fazer perguntas fundamentais sobre destino e livre-arbítrio: será que foi o destino que os uniu? E, agora, é por escolha própria que eles estão separados?
A luz que perdemos é um romance impactante sobre o poder do primeiro amor. Uma ode comovente aos sacrifícios que fazemos em nome dos ­nossos sonhos e uma reflexão sobre os extremos que perseguimos em nome do amor.

Você já parou para pensar nas circunstâncias que te levam a determinado ponto em sua história? Que algumas pessoas entrarão em sua vida de uma maneira inesperada e mudarão para sempre sua forma de pensar, agir e ser?


"Não sei por que te conheci naquele dia, mas sei que, por isso, você passou a fazer sempre parte da história da minha vida."


O 11 de setembro mudou muitas vidas. Num até então dia comum, o mundo parou para ver o ataque terrorista que destruiu as torres gêmeas, milhares de pessoas viram suas vidas darem giros de 360º, alguns perderam familiares e amigos, outros tiveram que encarar a efemeridade da vida. Essa data marcou o encontro de Gabe e Lucy, duas pessoas tão diferentes, mas com uma paixão desenfreada, uma relação que os acompanharia ao longo da vida.

É intrigante que desde o inicio quando comecei a leitura já sabia que seria um livro daqueles que marcariam minha história enquanto leitora. Facilmente nos recordamos de alguém que conhecemos em um dia comum e que não gostaríamos nunca de perder, alguém que marcou tanto nossa história que poderia ser uma tatuagem em nossa pele. Gabe foi essa tatuagem em Lucy.

Gabe tem aquela ansiedade de se descobrir no mundo e de alguma forma ajudá-lo a mudar e nessa busca ele e Lucy se perderam um do outro, ou melhor, ele deixou Lucy e a grandiosa história de amor deles poderia ter chegado ao fim, mas como imãs eles sempre encontraram uma forma de aproximarem. Confesso que no começo não simpatizei com Gabe, suas atitudes grandiosas, mas tão frias em alguns momentos me deixaram com aquele grandioso pé atrás ao passo que o sofrimento de Lucy pela partida dele e os sonhos de amor destruídos me inflamaram contra Gabe, por assim dizer.

Eu me doi por Lucy, inegável. É pelos olhos e lembranças dela que vamos conhecendo a história dela e de seus amores, por isso eu senti a tristeza dela após o término, o quanto seu coração foi destruído e ao longo do livro fui vendo que Gabe não a merecia, não merecia o amor que ela oferecia tão profundamente. Entretanto, Lucy é muito mais que a mocinha sofredora por amor, ela é uma personagem forte, amadurecida pelas circunstâncias e que assim como Gabe, conseguiu construir uma carreira da qual se orgulha.

Conforme o tempo passa, Lucy conhece Darren, aquele homem que também mudaria sua vida. Estável, divertido e principalmente, constante. Darren era o porto seguro que Lucy precisava. Ela o amou, mas também nunca deixou de amar Gabe.


“As linhas que separavam “você” de “mim” dissolviam-se cada vez mais em um “nós”.” 


Um é a estabilidade, o outro, o acaso. Um é fogo, o outro é calma. Dois homens diferentes, mas igualmente perfeitos em sua maneira de ser.

Acompanhar os altos e baixos da vida de Lucy e a forma como ela se completou com esses dois amores também é um momento de reflexão, nenhum dos três personagens desse imbróglio amoroso é perfeito, ao longo dos anos passados na trama vamos vendo como cada um foi cometendo seus erros, seus acertos e dando aquela pontinha de decepção, como qualquer humano. Ao longo da narrativa me senti como se a própria Lucy estivesse me contando sua história como um segredo, me senti cúmplice (no bom sentido da palavra) e pertencente de sua história!

Vários pontos na trama são extensivamente positivos: a estrutura da narrativa, em capítulos curtos, nostálgicos e emotivos, regados de simbolismos e lembranças, a passagem do tempo compondo um enredo de movimento, de amadurecimento e autorresponsabilidade, essa composição reflexiva dos personagens, essas atitudes tão reais e humanamente possíveis, a abordagem para falar de pertencimento e das relações.


“O amor faz isso. Faz você se sentir invencível e infinito, como se o mundo inteiro estivesse à nossa disposição, tudo pudesse ser conquistado e todo dia fosse repleto de maravilhas. Talvez porque nos abrimos para alguém, nos deixamos penetrar pelo outro. Ou talvez seja se doar tão profundamente a outra pessoa que o coração da gente se expande.”


O final é reflexivo, ao longo do livro você vai perceber que não existe um caminho único, mas sim as escolhas de Lucy geraram consequências, assim como nossas escolhas impactam a nossa vida. Causa e consequência, mais um livro pra reforçar aquele pensamento que eu tenho comigo que nada é por acaso. 

Arqueiro, obrigada por mais uma história presente. “A luz que perdemos” assim como nada na vida, não veio por acaso, eu a li no momento em que precisava ler, ela me deu um pouquinho mais de esperança. Apesar de não ter me feito chorar, a história me tocou de maneira tão profunda e intensa que dificilmente seria explicável em palavras, mas com sinceridade espero que a resenha minimamente faça jus a intensidade e beleza da trama!

2 comentários:

  1. Oi Thaila! Essa história é muito vida real. Eu gostei bastante, pena certo personagem não ter chegado até o final.Bjos!! Cida
    Moonlight Books

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  2. Oi Thaila! Puxa que resenha linda, cheia de emoção, adorei! Li boas criticas sobre o livro e acho que vou precisar de lencinhos pra ler rsrsrs

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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