Então é dezembro, 31 de
dezembro, último dia do ano, como um ano pode ser tão conturbado, parece que
vivi 10 anos em 12 meses, 12 longos meses, aliás, tanta coisa aconteceu, tanta
coisa me fez me perder de mim mesma!
2018 não será um ano
que ficará na memória como o memorável, o mais eletrizante ou preferido, longe
disso, aliás, 2018 me desgastou em todos os sentidos. Eu me desgastei, eu
fracassei ao longo desse ano. Acho que esse é o sentimento que mais forte marcou
o meu ano: fracasso e vitória.
Foi um ano que eu não
me realizei totalmente, não por vontade própria, mas por conta das situações e
na minha inabilidade em ser mais resiliente. Esse ano eu cai e levantei.
Eu passei a maior parte
do ano em uma verdadeira depressão e não tenho vergonha de dizer, eu não me
envergonho porque eu consegui superá-la, superei a cada dia quando levantei da
cama e superei cada hora sem cair.
Eu falhei de muitas
formas esse ano, falhei como profissional, esse ano trabalhei com uma turma de
crianças bem pequenas e deixei meus problemas pessoais influenciarem na
qualidade do meu trabalho, errei e acertei. Aprendi muito com minhas crianças,
elas foram motores que me impulsionaram a ser melhor, por elas, pra elas e consequentemente
por mim.
Falhei e muito como
amiga, mas também sai muito machucada. Eu sempre fui muito dependente das
pessoas e ser deixada de lado me magoou profundamente. E acreditem, uma pessoa
ferida, fere e fere muito!
Falhei como mulher,
minha vida amorosa foi uma montanha russa de emoções e eu termino o ano de
coração partido, ele esta costurado, com pontos recentes e dolorosos.
Apesar de tudo isso, de
não ter viajado, de não ter saído muito de casa, de não ter explorado o mundo e
de ter tido o aniversário de 25 anos mais triste de todos os tempos, eu me fortaleci. Aprendi a
ser mais resistente, apesar de todos os altos e baixos eu me fortaleci, conheci
as pessoas que me cercavam, reconheci as que se importavam comigo, consegui
comprar meu carro, consegui aprender novas habilidades, consegui sorrir apesar
do peito apertado de vontade de chorar. Aprendi que pedir ajuda não é fraqueza,
é saber de verdade reconhecer seus limites.
Acho que o mais
importante de dizer desse ano é isso, apesar do fracasso constante eu me
levantei a cada tombo, eu aprendi a crescer como pessoa, a ser mais
independente e menos dependente das pessoas, aprendi a ser forte e para 2019 eu
espero ser um pouquinho mais forte ainda, mais forte para não me deixar cair na
treva da depressão, espero mais realizações, não começo com metas de trabalho, viagens,
juntar dinheiro, etc. Começo esse novo ciclo com uma única meta: ser FELIZ!
Pode ter ficado um
texto bagunçado, mas é um texto que eu precisava por em palavras aquilo que meu
coração pedia, aquilo que ele clamava por voz e aquilo que me é verdadeiro e intenso!