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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Resenha A Dama De Vermelho





A Dama De Vermelho
Título original: The Boss, the Baby and the Bride
Day Leclaire
Coleção Sabrina Anjos da Guarda, nº 1
Série Guardian Angels
Nova Cultural, 1998



Sinopse: Reed Harding havia contratado doze secretárias em seis meses. De fato, era preciso ser um pouco diferente para conseguir trabalhar para o temperamental empresário. Tinha de ser alguém como Angie Fazpaz, por exemplo. Loiríssima, linda e desejável. Na verdade, só havia um problema que preocupava Reed a respeito de sua décima terceira secretária: ela estava convencida de que era seu anjo da guarda! Porém, Angie não se parecia nem um pouco com um anjo, e muito menos com uma secretária. Como se não bastasse, vivia dizendo que sua missão era encontrar uma esposa para ele. No entanto, Reed queria apenas uma coisa: localizar o filho que ele nunca conhecera. Além de, é claro, seduzir seu anjo da guarda!

Angie Fazpaz é uma anja! Não no sentido de pessoa doce e meiga, ela realmente é uma anja daquelas que vivem no céu, tem asinhas e tocam harpas, isso é se ela não fosse tão desastrada e quebrasse a harpa. Angie tem uma leve propensão ao desastre. Todos os anjos cumprem missões, eles vêm a terra para ajudar a resolver problemas e dar paz e alento aos seus pupilos, por assim dizer, mas Angie não acerta uma! Todas as missões que lhe foram dadas ela falhou! Causou inúmeras confusões quase impossíveis de se consertar.

Ela só tem mais uma missão e dessa vez não pode falhar!

Reed despediu mais secretárias do que pode se lembrar, a lista é gigante! Ele precisa de alguém que trabalhe mais do que fale ou se meta em sua vida e a senhorita Fazpaz parece ser uma ótima escolha. Ai ai se Reed soubesse o quanto Angie faria de sua vida uma loucura ele não teria em sã consciência a aceitado como secretária... e é ai que a história começa!

Angie tem a missão de ajudar Reed a realizar seu maior desejo, aquilo que ele mais anseia uma missão tecnicamente fácil para um anjo, mas estamos falando de Angie e ela sempre dá um jeitinho de complicar os fatos.

Reed é teimoso, seco e carrancudo e muito amargurado por seu passado doloroso que ele não divide com ninguém. Angie acredita que Reed precisa de uma companheira, uma mulher que possa auxiliá-lo no caminho da vida e ai começa a confusão. Angie começa a arrumar encontros para Reed, mesmo sem a permissão dele e como estamos falando de uma anjinha desastrada é claro que as confusões são frequentes. 

É importante relevar que Angie só é meio atrapalhada, mas não maldosa, tudo o que ela quer é ajudar da melhor forma possível e ai se atrapalha. Reed acha que essa com certeza é a secretária mais maluca que ele já arrumou, porém ela é simplesmente encantadora e apaixonante.

Mesclando fé e romance a autora escreve uma história leve e deliciosa de ler. O céu e a terra nunca foram tão animados. O que torna a história inesquecível é a forma como Day trata da crença em milagres e como o amor é reconstrutor. Com certeza é um livro maravilhoso e super recomendado!

terça-feira, 27 de setembro de 2016

[Texto] Não permita que o dia termine sem que você perdoe a sua história



Já virou uma rotina trazer mensalmente um texto bacana pra vocês, pra reflexão, pra que aproveitem muito, para que se sintam melhores consigo mesmos e com os demais!
 

Não permita que o dia termine sem que você perdoe a sua história
De vez em quando penso que a vida é encantamento e desilusão.
Derruba-nos em um momento para em seguida nos dar a mão.
Guia-nos por um caminho tortuoso para que enfim possamos achar a direção.
Ensina-nos a cair e nos anima a prosseguir.
Propõe que aprendamos a confiar enquanto nos confronta com as mais duras verdades; e convida-nos a sonhar mesmo quando tudo parece desabar.
Não permita que o dia termine sem que tenha plantado um pouco de otimismo no solo árido dos seus pensamentos, sem que tenha acreditado um pouco mais em bênçãos e milagres, sem que tenha adquirido uma fé enorme no amor e na alegria.
Não permita que o dia termine sem que entenda que tem o direito e o dever de ser feliz, de experimentar sorrisos e vestir delicadeza. Que a dor é passageira, e que o tempo se encarregará de trazer novos perfumes assim que você estiver pronto.
Não permita que o dia termine sem que você perdoe a sua história, com todos os bons e maus começos que você redigiu. Que você resgate a sua essência, a porção de si mesmo que permanece naquele lugar distante da dor.
Não permita que o dia termine sem que volte a acreditar firmemente em algo bonito que faz parte de você. Sem que entenda que sua vida é dom precioso, e aprenda a ser grato por isso.
Não permita que o dia termine sem que descubra que nenhuma desilusão pode diminuir o tamanho de seus sonhos ou lhe afastar de si mesmo.
Não permita que o dia termine sem que entenda que a vida não pode ser contada através de seus fracassos e desilusões, e sim através da capacidade de ser mais gentil consigo mesmo.
Não permita que o dia termine sem que seja capaz de amar, agradar e cuidar de si mesmo; sem que aprenda que tem vocação para ser completo e feliz.
Não permita que o dia termine sem que tenha rido de si mesmo e aceitado a vida como um conjunto de acertos e desacertos, e que saiba driblar os momentos imperfeitos.
Não permita que o dia termine sem que tenha autorizado seu gozo e seu pranto, seu encanto e emoção, sua liberdade e redenção. Que se comprometa com a felicidade e transforme os bons momentos em eternidade.
Tenho receio que a gente pare de sonhar por ter medo de cair. De desistir de nossas ilusões por medo de fracassar. De deixar nossa espontaneidade em função de nossa maturidade. De abandonar os velhos pijamas, as meias coloridas, as paisagens carregadas de simplicidade. Tenho receio que a gente siga buscando o tal do crescimento e esquecendo os abraços apertados, os sonhos de antigamente, as promessas que fizemos e desejávamos cumprir.
Não deixe que a vida o endureça a ponto de não acreditar em milagres. Que o perdão seja moeda do passado de quem um dia soube agir com flexibilidade.
Não permita que o dia termine sem que tenha sido um pouco mais feliz, seguindo seus desejos de menino e superando os revezes do caminho. Entendendo, principalmente, que a vida é dura, sim, mas também é o presente mais fascinante e poderoso que alguém pode ter. E que, se o preço a pagar para vive-la plenamente é andar sem culpa, não permita que o dia termine sem que você perdoe a sua história…



Texto brilhante de Fabiola Simões. Disponível em http://www.asomadetodosafetos.com/2016/07/nao-permita-que-o-dia-termine-sem-que-voce-perdoe-a-sua-historia.html

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Resenha O ar que ele respira




O ar que ele respira
Elementos # 1
Brittainy C. Cherry
Record, 2016

Sinopse: O novo romance da autora de Sr. Daniels.
Como superar a dor de uma perda irreparável? Elizabeth está tentando seguir em frente. Depois da morte do marido e de ter passado um ano na casa da mãe, ela decide voltar a seu antigo lar e enfrentar as lembranças de seu casamento feliz com Steven. Porém, ao retornar à pequena Meadows Creek, ela se depara com um novo vizinho, Tristan Cole. Grosseiro, solitário, o olhar sempre agressivo e triste, ele parece fugir do passado. Mas Elizabeth logo descobre que, por trás do ser intratável, há um homem devastado pela morte das pessoas que mais amava. Elizabeth tenta se aproximar dele, mas Tristan tenta de todas as formas impedir que ela entre em sua vida. Em seu coração despedaçado parece não haver espaço para um novo começo. Ou talvez sim.

O ar que ele respira foi um dos livros mais rápidos que já li na vida, em mais ou menos três horas eu já tinha devorado, isso por si só já é um indicativo da história de como a história é boa e como ela prende o leitor. Eu até tinha coisas para fazer, mas simplesmente não consegui me desligar de Lizzie e Tristan antes de ler a última palavrinha, de chegar ao último ponto.

Eu comprei o livro recentemente, eu me apaixonei pela sinopse, ela é triste, mas tem aquele pontinho de luz de esperança que prometia trazer muita emoção à minha leitura e realmente foi isso que encontrei.
Em abril de 2014 tanto Tristan quanto Elizabeth acreditavam ter a vida perfeita, ambos tinham carreiras promissoras e uma vida pessoal agradável e bem resolvida, ambos casados, formadores de uma família, mas a dor da perda mudou tudo.

Ambos perderam aqueles que amavam e agora tem que recomeçar. É isso que Lizzie esta tentando: um recomeço para ela e sua pequena Emma, fruto do grande amor e da grande dor que ela teve com Steven, agora seu falecido marido. A tumultuada convivência com a mãe faz Lizzie voltar para sua casa, em Meadows Creek, um difícil, mas necessário recomeço.

Meadows Creek continua sendo a pequena e pacata cidade de interior, com as fofocas e intromissões tão características, todos tem uma dica de como ela superará o luto ou algum palpite a dar sobre a sua vida... Todos menos ele, seu novo vizinho Tristan (e que vizinho, meu povo!).

Tristan é um homem devastado pela dor, pelo remorso e pela raiva, marcado pelas lembranças e pelas tatuagens que leva no corpo e encontrou em Meadows Creek um lugar para se afundar, um lugar em que todos o temem, um lugar em que ele pode afundar no amargor, mas apenas uma pessoa conseguiria romper essa couraça, alguém que assim como ele estivesse tão destruído.


“Como duas pessoas tão imperfeitas e tão devastadas conseguiram estabelecer uma relação.” p.120


Por conta dessa carga de emoções, da dor da perda e afim eu esperava que a história inteira seguiria em um drama, mas Cherry apostou em um misto de emoções. Em poucas frases ela conseguia me levar do riso ao choro, o livro ganha suavidade com o romance e com a amizade de Lizzie e Faye, esta última, aliás, é uma excelente personagem secundária e que ganha destaque e é claro que a carga dramática esta presente na questão da perda e de como aprender a viver depois de um trauma tão grande.

Narrado pelos dois personagens em capítulos alternados o livro mostra por todos os ângulos como as perdas afetaram a vida dos personagens e das pessoas próximas à eles, ganhando assim um toque de realidade e movimento dentro da história. Eu particularmente gosto de livros com capítulos com narradores alternados por me permitirem conhecer mais deles e de suas histórias, então é mais um ponto positivo que encontrei na trama.

O lado sensual da trama se faz presente e conforme o relacionamento entre Tristan e Lizzie e se aprofunda, esse lado sensual também desabrocha. O sexo não é mais uma forma de se apegar ao passado, mas ele passa a ser uma maneira de ligar duas pessoas a um sentimento em comum. Outro ponto é um toque de mistério e de como a autora constrói e desconstrói seus personagens!

Foi a primeira vez que li um livro de Brittainy C. Cherry, mas já adicionei Sr. Daniels na lista de futuras compras, pois se for um terço deste livro já me darei por satisfeita.

O ar que ele respira poderia ser mais um new adult bom, mas ele se supera por mostrar que cada um de nós é ser mais forte do que acredita e tem o direito de ser mais feliz do que se acha merecedor, isso porque todos nós teremos batalhas diárias para vencer, mas sempre temos a certeza de que a cada queda voltaremos mais fortes ao topo. Recomeçar nunca é fácil, o caminho é tortuoso e doloroso, viver com as lembranças, rememorar e aprender a criar novas sem uma parte importante de nossa vida não é fácil, mas assim como a autora mostra, é uma necessidade.

Um trunfo foi que descobri que o livro faz parte de uma série, sendo este o primeiro, a autora, de acordo com as minhas pesquisas se baseará em nos outros elementos da natureza para escrever seus próximos romances. Tomara que ela escreva rápido, a Record lance, eu leia e viva feliz para sempre \o/

A maior dificuldade neste livro foi selecionar que trecho eu traria para vocês, isso porque é um mais lindo que o outro e eu fiquei perdida! Não tinha marcador que desse conta de tantos trechos! Por isso trouxe uma seleção especial de alguns dos mais marcantes:


“Todos na cidade esperam que eu seja a mesma pessoa que eu era antes de Steven morrer. Mas eu não sei mais ser aquela pessoa. A morte muda as coisas.” p. 90



“Todo mundo merece ter pelo menos um amigo em quem possa confiar seus medos e segredos. Suas culpas e alegrias. Todos merecem ter uma pessoa que vai olhar em seus olhos e dizer: “Você é autossuficiente, você é perfeito, mesmo com todos os seus problemas.” Eu achava que Tristan merecia isso muito mais do que os outros. Os olhos dele carregavam muita tristeza, muita dor, e tudo que eu queria era abraçá-lo e dizer que era autossuficiente.” p. 134



“Mas, quando estava com ele, eu me lembrava de como respirar.” p. 157
“Você não precisa estar bem o tempo todo. É normal sentir a dor de vez em quando. É normal se sentir perdida, como se estivesse andando no escuro. São os dias ruins que tornam os bons ainda melhores.” p. 172



“Sabe aquele lugar entre os sonhos e os pesadelos?
Aquele lugar onde o amanhã não chega e o passado não dói mais?
O lugar onde seu coração bate em sintonia com o meu?
Aquele lugar onde o tempo não existe e é mais fácil respirar?
Quero viver nesse lugar com você. – TC” p. 179



 "Mas enquanto o ar continuar enchendo meus pulmões, enquanto eu respirar. Vou lutar por você. Vou lutar por nós " p. 229


Essa é uma pequena parte, pois como disse o livro é recheado de belas passagens e de trechos inspiradores e que com certeza vale a pena cada centavo pago pelo exemplar! Recomendado, favoritado, cinco estrelas!