A Luz Que Perdemos
Duas vidas. Dois amores. Uma escolha.
Jill Santopolo
Arqueiro, 2018
Sinopse: Lucy e Gabe se conhecem na faculdade na
manhã de 11 de setembro de 2001. No mesmo instante, dois aviões colidem com as
Torres Gêmeas. Ao ver as chamas arderem em Nova York, eles decidem que querem
fazer algo importante com suas vidas, algo que promova uma diferença no mundo.
Quando se veem de novo, um ano depois, parece um
encontro predestinado. Só que Gabe é enviado ao Oriente Médio como
fotojornalista e Lucy decide investir em sua carreira em Nova York.
Nos treze anos que se seguem, o caminho dos dois se
cruza e se afasta muitas vezes, numa odisseia de sonhos, desejo, ciúme, traição
e, acima de tudo, amor. Lucy começa um relacionamento com o lindo e confiável
Darren, enquanto Gabe viaja o mundo. Mesmo separados pela distância, eles
jamais deixam o coração um do outro.
Ao longo dessa jornada emocional, Lucy começa a se
fazer perguntas fundamentais sobre destino e livre-arbítrio: será que foi o
destino que os uniu? E, agora, é por escolha própria que eles estão separados?
A luz que perdemos é um romance impactante sobre o
poder do primeiro amor. Uma ode comovente aos sacrifícios que fazemos em nome
dos nossos sonhos e uma reflexão sobre os extremos que perseguimos em nome do
amor.
Você já parou para pensar nas circunstâncias que te
levam a determinado ponto em sua história? Que algumas pessoas entrarão em sua
vida de uma maneira inesperada e mudarão para sempre sua forma de pensar, agir
e ser?
"Não sei por que te conheci naquele dia, mas sei que, por isso, você passou a fazer sempre parte da história da minha vida."
O 11 de setembro mudou muitas vidas. Num até então
dia comum, o mundo parou para ver o ataque terrorista que destruiu as torres gêmeas,
milhares de pessoas viram suas vidas darem giros de 360º, alguns perderam
familiares e amigos, outros tiveram que encarar a efemeridade da vida. Essa
data marcou o encontro de Gabe e Lucy, duas pessoas tão diferentes, mas com uma
paixão desenfreada, uma relação que os acompanharia ao longo da vida.
É intrigante que desde o inicio quando comecei a
leitura já sabia que seria um livro daqueles que marcariam minha história enquanto
leitora. Facilmente nos recordamos de alguém que conhecemos em um dia comum e
que não gostaríamos nunca de perder, alguém que marcou tanto nossa história que
poderia ser uma tatuagem em nossa pele. Gabe foi essa tatuagem em Lucy.
Gabe tem aquela ansiedade de se descobrir no mundo e
de alguma forma ajudá-lo a mudar e nessa busca ele e Lucy se perderam um do
outro, ou melhor, ele deixou Lucy e a grandiosa história de amor deles poderia
ter chegado ao fim, mas como imãs eles sempre encontraram uma forma de
aproximarem. Confesso que no começo não simpatizei com Gabe, suas atitudes
grandiosas, mas tão frias em alguns momentos me deixaram com aquele grandioso
pé atrás ao passo que o sofrimento de Lucy pela partida dele e os sonhos de
amor destruídos me inflamaram contra Gabe, por assim dizer.
Eu me doi por Lucy, inegável. É pelos olhos e
lembranças dela que vamos conhecendo a história dela e de seus amores, por isso
eu senti a tristeza dela após o término, o quanto seu coração foi destruído e
ao longo do livro fui vendo que Gabe não a merecia, não merecia o amor que ela
oferecia tão profundamente. Entretanto, Lucy é muito mais que a mocinha
sofredora por amor, ela é uma personagem forte, amadurecida pelas circunstâncias
e que assim como Gabe, conseguiu construir uma carreira da qual se orgulha.
Conforme o tempo passa, Lucy conhece Darren, aquele
homem que também mudaria sua vida. Estável, divertido e principalmente,
constante. Darren era o porto seguro que Lucy precisava. Ela o amou, mas também
nunca deixou de amar Gabe.
“As linhas que separavam “você” de “mim” dissolviam-se cada vez mais em um “nós”.”
Um é a estabilidade, o outro, o acaso. Um é fogo, o
outro é calma. Dois homens diferentes, mas igualmente perfeitos em sua maneira
de ser.
Acompanhar os altos e baixos da vida de Lucy e a
forma como ela se completou com esses dois amores também é um momento de reflexão,
nenhum dos três personagens desse imbróglio amoroso é perfeito, ao longo dos
anos passados na trama vamos vendo como cada um foi cometendo seus erros, seus
acertos e dando aquela pontinha de decepção, como qualquer humano. Ao longo da
narrativa me senti como se a própria Lucy estivesse me contando sua história
como um segredo, me senti cúmplice (no bom sentido da palavra) e pertencente de
sua história!
Vários pontos na trama são extensivamente positivos:
a estrutura da narrativa, em capítulos curtos, nostálgicos e emotivos, regados
de simbolismos e lembranças, a passagem do tempo compondo um enredo de
movimento, de amadurecimento e autorresponsabilidade, essa composição reflexiva
dos personagens, essas atitudes tão reais e humanamente possíveis, a abordagem
para falar de pertencimento e das relações.
“O amor faz isso. Faz você se sentir invencível e infinito, como se o mundo inteiro estivesse à nossa disposição, tudo pudesse ser conquistado e todo dia fosse repleto de maravilhas. Talvez porque nos abrimos para alguém, nos deixamos penetrar pelo outro. Ou talvez seja se doar tão profundamente a outra pessoa que o coração da gente se expande.”
O final é reflexivo, ao longo do livro você vai
perceber que não existe um caminho único, mas sim as escolhas de Lucy geraram consequências,
assim como nossas escolhas impactam a nossa vida. Causa e consequência, mais um
livro pra reforçar aquele pensamento que eu tenho comigo que nada é por acaso.
Arqueiro, obrigada por mais uma história presente. “A
luz que perdemos” assim como nada na vida, não veio por acaso, eu a li no
momento em que precisava ler, ela me deu um pouquinho mais de esperança. Apesar
de não ter me feito chorar, a história me tocou de maneira tão profunda e
intensa que dificilmente seria explicável em palavras, mas com sinceridade
espero que a resenha minimamente faça jus a intensidade e beleza da trama!
Oi Thaila! Essa história é muito vida real. Eu gostei bastante, pena certo personagem não ter chegado até o final.Bjos!! Cida
ResponderExcluirMoonlight Books
Oi Thaila! Puxa que resenha linda, cheia de emoção, adorei! Li boas criticas sobre o livro e acho que vou precisar de lencinhos pra ler rsrsrs
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante