Link-me

quinta-feira, 22 de março de 2018

Resenha O Silêncio das Águas



O Silêncio das Águas
Elementos # 3
Brittainy C. Cherry
Record, 2017

Sinopse: Da autora de O Ar Que Ele Respira e A Chama Dentro de Nós, uma história de amor que precisará vencer todos os obstáculos.
Quando a pequena Maggie May presencia uma cena terrível à margem de um rio, sua vida muda por completo. A menina alegre que vive saltitando de um lado para o outro e tem uma paixonite por Brooks Griffin, o melhor amigo de seu irmão, sofre um trauma tão grande que acaba perdendo a voz. Sem saber como lidar com o problema, sua família se vê em uma posição difícil e tenta procurar ajuda, mas nenhum tratamento vai adiante. Ao longo dos anos, Maggie aprende sozinha a conviver com os ataques de pânico e, sem conseguir sair de casa, encontra refúgio nos livros. A única pessoa capaz de compreendê-la é Brooks, que permanece sempre ao seu lado. A cumplicidade na infância se transforma em amizade na adolescência, até que um dia eles não conseguem mais negar o amor que sentem um pelo outro. Mas será que o forte sentimento que os une poderá resistir aos fantasmas do passado e a um acontecimento inesperado, que os forçará a navegar por caminhos diferentes?


“Nem tudo que está em pedaços precisa ser consertado. Às vezes só precisa ser amado. Seria uma pena se só as pessoas inteiras fossem merecedoras de amor.” p. 179


Ai dona Cherry o que fazer contigo? Com esses seus livros viciantes? A história começa no passado. Um passado no qual a pequena Maggie, com seis anos, esta eufórica, com o novo casamento do pai ela ganha não só uma mãe, mas dois irmãos com quem compartilhar a vida, era uma virada e tanto! Os anos se passam e tudo corre bem na vida da menina e para completar ainda tinha o melhor amigo de seu novo irmão, Brooks, que, além disso, é seu noivo imaginário.

Brooks e Maggie aos dez anos são terríveis, ambos se provocam e vivem um pé de guerra clássico de amor e ódio. Mas, uma tarde muda tudo. Maggie é espectadora e vitima de um grave crime. Um homem consegue roubar sua segurança, voz e esperanças. A tagarela Maggie se torna a reclusa, calada e de certa forma apagada. Essa é a primeira parte do livro.

Numa segunda parte, conhecemos mais a fundo a relação do pânico e da vida de Maggie e como os demais membros da família acabam vendo isso. São anos e anos de reclusão e mudez, mas uma coisa que não muda ao longo dos anos é a relação de Brooks e Maggie que vai evoluindo para uma cumplicidade feliz e que obviamente é um romance inocente e de encher os olhos de lágrimas e de sorrisos bobos.


“Eu me apaixonei por centenas de homens de centenas de livros. Achava que sabia como era o amor com base nas palavras impressas nas páginas que li. Amor era união, força e algo pelo que valia a pena viver” p. 160


Cherry sabe explorar as fraquezas de uma personagem, desnuda-o como ninguém e ao mesmo tempo vai reconstruindo-o por meio da força motriz do universo: AMOR. É visível o florescer de Maggie com essas singelas quatro letras: Amor trouxe cor e segurança aos seus dias, trouxe aceitação de suas dores e feridas, trouxe leveza, trouxe mais beleza. Amor a impulsionou a seguir sem desistir. Me peguei rindo em vários momentos, torcendo por Maggie, para que ela fosse simplesmente feliz.


“Você me promete o mesmo tipo de amor que li nos livros?”
“Não, Maggie May. Prometo muito mais que isso” p. 161


Paralelamente, acompanhamos também o desenvolvimento de Brooks enquanto personagem, mais que um menino trapalhão na infância ou um rostinho bonito na adolescência, o Brooks que conhecemos pelas páginas é o cara legal, amoroso e confidente. Aquele que quer fazer bem e se sentir bem. Aquele cara que tem paixão por música, paixão no que faz e pelo que faz. Eu creio que tenha me apaixonado de cara, pelo Brooks trapalhão, briguento, que detestava os beijos molhados de Maggie e fui me re-apaixonando por ele a cada novo momento da trama.

Também tem os demais personagens secundários, tais como os irmãos de Maggie que foram encarando as dificuldades de interação da irmã cada qual a sua forma. E a relação dos pais, que meu Deus, deu até nos nervos.


“Como era possível sentir saudade de uma pessoa que estava a apenas alguns passo?” p. 194


Falando em nervos, quando eu acho que esta tudo se encaminhando vem Cherry e joga uma terceira parte ainda mais dramática para colocar em prova o amor de Brooks e Maggie e eu fiquei simplesmente de queixo caído, ah e não se esqueça que tem um suspense ai no ar, afinal quem é o causador do trauma de Maggie? Será que ele ainda esta a solta? Será preso? Encontrado?
Com uma escrita fluida e cativante, “O silêncio das águas” marca por ser uma história sobre reconstrução e amor, dois dos maiores motores da vida humana. Estamos sempre nos reconstruindo e sempre amando.


3 comentários:

  1. Olá, como vai?

    Parabéns pela resenha. Histórias que mesclam o passado e o presente são umas das coisas que mais encantam.

    Abraços

    R.W.

    https://www.newsfallenbooks.com/

    ResponderExcluir
  2. Oi Thaila!
    Eu morro de vontade de ler os livros dessa autora e você só me deixou com mais vontade!

    Beijos,
    Sora | Meu Jardim de Livros

    ResponderExcluir
  3. Oi Thaila. Parabéns pela resenha, está simplesmente instigante!
    Eu tenho o livro, mas ainda não li. Aliás desta série, só li o primeiro e gostei muito. Espero conseguir ler todos em breve.
    Bjus
    www.docesletras.com.br

    ResponderExcluir

Deixe sua opinião, ela será muito bem vinda e levada em consideração para promover melhorias!