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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Resenha A irmã da Pérola




A Irmã da Pérola
A história de Ceci
As Sete Irmãs # 4
Lucinda Riley
Arqueiro, 2017

Sinopse: Em A Irmã da pérola, quarto volume da série As Sete Irmãs, duas jovens de séculos diferentes têm seus destinos cruzados numa emocionante história sobre amor, arte e superação.
Ceci D’Aplièse sempre se sentiu um peixe fora d’água. Após a morte do pai adotivo e o distanciamento de sua adorada irmã Estrela, ela de repente se percebe mais sozinha do que nunca. Depois de abandonar a faculdade, decide deixar sua vida sem sentido em Londres e desvendar o mistério por trás de suas origens. As únicas pistas que tem são uma fotografia em preto e branco e o nome de uma das primeiras exploradoras da Austrália, que viveu no país mais de um século antes.
A caminho de Sydney, Ceci faz uma parada no único local em que já se sentiu verdadeiramente em paz consigo mesma: as deslumbrantes praias de Krabi, na Tailândia. Lá, em meio aos mochileiros e aos festejos de fim de ano, conhece o misterioso Ace, um homem tão solitário quanto ela e o primeiro de muitos novos amigos que irão ajudá-la em sua jornada.
Ao chegar às escaldantes planícies australianas, algo dentro de Ceci responde à energia do local. À medida que chega mais perto de descobrir a verdade sobre seus antepassados, ela começa a perceber que afinal talvez seja possível encontrar nesse continente desconhecido aquilo que sempre procurou sem sucesso: a sensação de pertencer a algum lugar.
Filha de um pastor em Edimburgo, no início do século XX, Kitty McBride é presenteada com a chance de deixar seu ambiente opressivo e ir para a Austrália como dama de companhia da Sra. McCrombie. Em Adelaide, seu destino se entrelaça com o da família da velha aristocrata, incluindo seus dois jovens sobrinhos: o impetuoso Drummond e o ambicioso Andrew, gêmeos idênticos, porém em tudo diferentes, além de herdeiros de um próspero comércio de pérolas.
Seu bilhete para uma nova terra oferece todas as oportunidades de aventura com que ela sempre sonhou e um amor que ela jamais poderia imaginar...
Cem anos depois, Ceci D’Aplièse decide seguir o exemplo das irmãs e ir atrás de sua família biológica. Seguindo as coordenadas deixadas pelo pai adotivo antes de morrer, ela parte rumo à Austrália, e se vê refazendo os intrincados passos de Kitty à medida que procura descobrir a própria história – uma narrativa improvável que envolve uma pérola amaldiçoada e um mergulho mágico na arte aborígine.

“Sou a prova viva de que parentes encontram parentes, de que milagres acontecem. Não podemos perguntar quais são os motivos para as coisas extraordinárias que nos ocorrem. Eles estão lá em cima... os ancestrais, ou Deus, são os únicos que sabem as respostas. E não as saberemos até irmos para lá também” p. 384


Ceci esta perdida, sem um foco a seguir e sem Estrela, sua irmã mais chegada, ela esta sem saber o que fazer ou quem ser. Por muitos anos Ceci teve uma missão: proteger Estrela, mas quando esta já não necessita mais do amparo da irmã para alçar seus vôos, nossa protagonista se vê desnorteada e enfim, meses após a morte de Pa Salt, ela vai em busca das suas origens.

Pa Salt foi um homem cheio de mistérios, adotou seis meninas e as nomeou com a constelação das sete irmãs e após sua morte deixou pistas de como cada filha encontraria suas raízes... as pistas levam Ceci à Austrália. Essa viagem longa promete fazê-la se descobrir, além da árida e quente Austrália, Lucinda nos banha com relatos vivos de uma Tailândia de belezas raras e de uma paz inimaginável. Por cada lugar que vamos acompanhando Ceci temos uma visão de quão belo é o mundo.

Se no presente conhecemos Ceci, no passado vamos conhecer Kitty, uma jovem que chegou a Austrália como dama de companhia e naquela terra inóspita e preconceituosa ela viveu e amou, rompeu barreiras e teve inúmeros sofrimentos. Por conta de Kitty, tanto Ceci quanto o leitor são convidados a conhecer a cultura aborígene. De uma forma muito brilhante, Lucinda trouxe uma nova cultura para seu mais novo romance, o que mostra que além de entreter as tramas são um verdadeiro bálsamo de conhecimento.

Duas mulheres tão distintas temporalmente, mas que tiveram que encontrar a força e a resiliência para superar muitas dificuldades, ambas tiveram erros e acertos. E pela primeira vez a história do passado não se sobrepôs a do presente para mim, ambas me despertaram igual curiosidade, igual anseio em desvendar quem seriam afinal Kitty e Ceci e como o destino delas se ligaria de alguma forma!

Os livros de Lucinda são uma verdadeira viagem por terras inimagináveis, tão bem descrita a trama parece te sugar para suas páginas, você sente o calor do deserto australiano, a frio clássico de Londres e descobre uma Tailândia cheia de cores. De uma forma geral, a trama impulsiona a curiosidade acerca das irmãs posteriores, afinal cada um tem e terá uma história fascinante para contar.

Mais do que contar uma história ficcional de uma mulher em busca de suas origens, a mensagem que Lucinda deixa e deixou em cada livro até agora é que cada um nós somos dotados de um passado, de uma constituição única, de histórias que vieram antes de nós, descobri-las mais do que uma viagem ao passado é um conhecimento de si próprio.

3 comentários:

  1. Oi Thaila.
    Eu sempre ouço muitos elogios a escrita da autora e a esta série. Ainda não me senti tentada a ler, mas as tramas parecer ser bem trabalhadas e envolventes. Ótima resenha.
    Bjus
    Doces Letras/

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  2. Adoro a capa desse livro, é linda! Li apenas um livro da autora, mas quero ter a oportunidade de ler mais.

    Passei para desejar um ótimo final de ano!

    Um abraço!
    https://meuslivrosesonhos.blogspot.com.br/

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  3. Oie Thaila =)

    Preciso criar vergonha na cara e ler algo na Lucinda o mais rápido possível.

    Minhas amigas adoram e só leio resenhas positivas dos livros dela. Só espero não me decepcionar rs...

    Beijos e Feliz Ano Novo ;***
    Ane Reis | Blog My Dear Library  

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