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sábado, 24 de junho de 2017

Resenha A Árvore dos Anjos




A Árvore dos Anjos
Lucinda Riley
Arqueiro, 2017
Sinopse: Trinta anos se passaram desde que Greta deixou de morar no solar Marchmont, uma bela e majestosa residência na região rural do País de Gales. A convite de seu velho amigo David, ela decide retornar ao lugar para comemorar o Natal. Porém, devido a um acidente de carro, Greta não tem mais lembranças da época em que vivia na propriedade, assim como de boa parte de seu passado.
Durante uma caminhada pela paisagem invernal de Marchmont, ela encontra uma sepultura no bosque, e a inscrição na lápide coberta de neve se torna a fagulha que a ajudará a recuperar a memória.
Contudo, relembrar o passado também significa reviver segredos dolorosos e muito bem guardados, como o motivo para Greta ter fugido do solar, quem ela era antes do acidente e o que aconteceu com sua filha, Cheska, uma jovem de beleza angelical... mas que esconde um lado sombrio.
Da aclamada autora da série As Sete Irmãs, A Árvore dos Anjos é uma história tocante sobre amores e perdas, sobre como nossas escolhas de vida podem tanto definir quem somos como permitir um novo começo.


“O amor é uma coisa muito estranha, Cheska. Ele pode mudar sua vida, fazer você fazer coisas que, à luz do dia, você saberia que estavam erradas.”


Quando comecei a ler o livro já sabia o que esperar: uma boa história. É característico de Lucinda escrever bem, prender seu leitor em uma teia de passado e presente, em situações que se ligam até que finalmente venha o entendimento. Mas em “A árvore dos Anjos” fui pega por uma Lucinda diferente, uma autora que explorou mais ainda seus personagens, as situações e os sentimentos deles e também aqueles que seriam desencadeados em seus leitores.

Nesta nova trama conhecemos Greta, uma senhora de 58 anos que apesar de jovem em idade, tem histórias que parecem não caber em seus 58 anos: a jovem ambiciosa que chegou a Londres tentando alcançar o estrelato, a mulher abandonada pelo soldado americano, a jovem que conquistou Marchmount, a precoce mãe, a dedicada protetora, a mulher que ficou em coma e por 24 anos passou uma vida sem memórias... Na trama, ao recobrar a memória e ir recriando sua história Greta nos mostra a sua imperfeição como pessoa, os erros e acertos de uma vida marcada por uma escolha.

É 1945 novamente, quando Greta mais precisou de ajuda David Marchmount esteve ao seu lado, oferecendo melhor de si e mudando para sempre o destino de tantas pessoas, mudando tantas gerações. A chegada de Greta a Marchmount mudou para sempre a vida do então senhor das terras Owen, que encontrou na bela jovem e nos filhos que ela carregava a oportunidade de reviver e vingar-se de L.J., a mãe de David. Anos depois, é Cheska, a filha de Greta, que tem sua vida mudada pelo estrelato iminente. 

Dois destaques para a trama são David e Cheska, eles são personagens fundamentais na vida de Greta como também para a composição da trama. Ele por ser o personagem mais marcante pela bondade, generosidade e se mostrar o mais amável. Ela, Cheska, é a mais surpreendente para mim. Sinceramente, eu não esperava que Lucinda escrevesse uma personagem tão complexa quanto Cheska, nem que a mesma caberia no enredo de Lucinda, mas autora é tão genial que conseguiu introduzir a complexidade de Cheska a trama de uma forma brilhante.

Em momento algum Lucinda tentou ou quis passar a impressão de criar personagens perfeitos, todos temos um lado ambíguo, nenhuma família é perfeita, todos escondem segredos, e nenhum dos personagens é exposto de maneira crua, por esse misto temporal que a trama possui é possível conhecê-los em integridade, ir se envolvendo em seus dramas, alegrias e dores. Com toques surpreendentes de suspense, adrenalina e muita emoção, o livro mostra uma nova faceta de Lucinda enquanto autora, pois ela aposta em algo totalmente novo para seu livro, trazendo cada vez mais mistérios para a família Marchmount, simplesmente eletrizante. Acredite, você sentira todos os sentimentos dos personagens, é de arrepiar!

A autora consegue nos fazer sentir presente em cada diálogo, em cada ação, em cada reflexão, acima de tudo, Lucinda se caracteriza não só por ser uma escritora, mas por saber ser uma contadora de histórias magníficas, envolventes, enigmáticas e totalmente surpreendentes. “A árvore dos Anjos”, como a autora nos conta em uma nota ao leitor ao fim do livro é fruto de uma revisão de um dos seus primeiros romances intitulado “Não exatamente um anjo”, publicado em 1995, a pesar de dar embase para o romance sobre o qual resenho a autora conforma que mudou muita coisa, inclusive o destino de alguns personagens e claro que fica aquela curiosidade de saber o que a trama original reservaria de emoções, mas não da para negar o primor que o livro é. Recomendadíssimo!

7 comentários:

  1. Oi Thaila!
    Eu amo os livros da Lucinda e estou louca para ler esse. Parece ser ótimo.

    Beijos,
    Sora | Meu Jardim de Livros

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  2. Oi Thaila! Só leio resenhas positivas dos livros da Lucinda e pela resenha parece ser um livro muito bem narrado, gosto quando os autores exploram bem os personagens!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  3. Menina! Os livros da Lucinda é tudo de bom e esse já entrou na listinha daqueles que preciso ler logo! Ótima resenha!

    Beijos

    Saleta de Leitura

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  4. Parabéns pela resenha Thaila! Estou ansiosa para ler A Árvore dos Anjos! Beijo!

    www.newsnessa.com

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  5. Oi Thaila! Será minha primeira experiencia com a autora e pelas páginas iniciais a obra já me prendeu. Bom domingo.
    Bjos!! Cida
    Moonlight Books

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  6. Que perfeito!!! Amo a autora e estou louca pra voltar a ler suas obras!
    Adorei a resenha!!!

    Bjks

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  7. Menina, necessito conhecer a Lucinda urgentemente. Adoro enredos que nos levam a reflexões.

    Beijos.
    Leituras da Paty

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