Antes
De Partir
Colleen Oakley
Bertrant Brasil, 2016
Sinopse:
Na véspera do que esperava ser uma triunfante comemoração de três anos livre do
câncer, Daisy, 27 anos, sofre um golpe devastador: seu médico lhe diz que a
doença está de volta, desta vez ainda mais agressiva. Tendo apenas de quatro a
seis meses de vida, ela está apavorada com o que será de seu marido, Jack,
quando não estiver mais lá para cuidar dele. Esse medo tira seu sono, até que
uma solução lhe vem à mente: ela precisa encontrar outra mulher para ele. Com
uma determinação singular, Daisy visita parques, cafeterias e sites de
relacionamento à procura do par perfeito para Jack. Mas, à medida que ela
avança em sua busca, ela se vê forçada a decidir o que é mais importante no
curto tempo que lhe resta: a felicidade de seu marido ou a sua própria?
A maioria de nós não sabe o dia, o ano ou como acontecerá
sua morte. Acredito que essa seja uma forma de manter a sanidade mental dos
mortais, afinal a morte é uma certeza, mas encará-la é uma das missões mais
complicadas.
Daisy é uma das pessoas que sabe como morrerá: se
tiver sorte seis meses, na pior das hipóteses quatro meses. Como? Com um monte
de câncer. Câncer com metástase, terminal.
“Morrer é para gente velha, para crianças órfãs na África com barriga distendida e para pais atingidos por carros enquanto passavam de bicicleta pelo cruzamento errado, na hora errada do dia. Não é para mim, uma mulher de 27 anos, que acabou de se casar e quer ter filhos e se sentir apta e saudável e sem um tiquinho de dor. Sinto como se estivesse em um restaurante e o garçom me trouxesse o prato errado. Morte? Não, obviamente há um engano aqui. Não pedi isso.” p. 93
Daisy já havia vencido a batalha contra o câncer uma
vez, mas não conseguiria vencer mais uma. A vida pode parecer injusta para essa
mulher jovem, cheia de planos e sonhos, mas o que realmente a preocupa é como
seu desorganizado e amado marido Jack viverá, por isso ela decide se arriscar em
uma missão: encontrar a esposa perfeita para seu marido.
É claro que essa missão promete trazer muitas
confusões, afinal como escolher alguém para seu marido amar quando ainda está viva?
“Mas você quer ser feliz também. [...]”“Sim− digo, minha voz baixinha.”“Você deveria ser [...] Você ainda não esta morta, porra.” p. 291
A narração de Daisy é um dos pontos mais
interessantes da história, pois é ela quem vive esse drama pessoal, que tem que
se encontrar em meio ao caos da doença e das reações que ela provoca.
Eu estou comentando mais de Daisy porque, apesar dos
personagens secundários importantes, a história é dela. São os problemas dela,
a luta dela para fazer tudo da maneira que considera certa, mesmo que no meio
do caminho ela se perca.
Como eu disse a morte é um enigma exatamente para
nos fazer sentir pequenos, uma pequena parte nesse extenso mundo, Daisy
precisará rever a sua concepção de vida e de como quer passá-la em seus últimos
momentos e compreender o verdadeiro significado da felicidade. A vida é única e
precisamos vivê-la da melhor maneira possível, dizendo o quanto se ama quem ta
do lado, comendo o que tem vontade, indo onde quer, sendo quem quer,
despedindo-se cada dia do mundo tendo a certeza que fez e deu o seu melhor,
essa é a lição subliminar da trama e que Oakley
trabalha tão brilhantemente.
Eu esperava pelo drama, na verdade ansiava por ele,
mas a autora deu tanta leveza à trama, tantas situações irreverentes que me
fizeram sorrir e ao mesmo tempo chorar, foi um misto de emoções e sensações. Em
alguns momentos me senti parte da história, da narração de Daisy de seus passos
para encarar a iminente morte e também para concluir a sua missão, em alguns
momentos quiser ser uma personagem e gritar “Para! Tá tudo errado” e em outros
quis embalá-la no colo, consolá-la e dizer que tudo ficará bem.
“Meu cabelo não ficará grisalho. E minha pele não enrugará. E posso morrer sem nunca ter lido um romance. Sem nunca saber por que romances causavam alvoroço. E isso− isso!− é que me faz água brotar e encher meus cílios inferiores, embaçando-me a visão.” p. 166
Cheio de frases de efeito, de uma trama que emociona,
te faz refletir e de uma personagem que conquista “Antes de Partir” se
concretizou como uma das mais belas leituras do ano, como provou que seria, com
certeza esta na lista de favoritos.
Oi Thaila! Este livro é muito bom, me deixou mexida em muitos momentos. Seguir a trajetória da protagonista foi algo comovente.
ResponderExcluirBjos!! Cida
Moonlight Books
Ooi, acredita que ainda não conhecia o livro ?? É a primeira resenha que leio e já fiquei encantada, adorei !
ResponderExcluirbeeijos seu blog é lindo já estou seguindo
http://bellapagina.blogspot.com.br/
Oi Thaila! Saber o dia vai morrer não deve ser fácil mesmo! Não conhecia o livro, mas agora fiquei bem curiosa! Adorei a resenha!
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
Meu Deus, deve ser um livro muito difícil.....! Pra refletir mesmo!
ResponderExcluirBeijos!
Olá Thaila,
ResponderExcluirEsse é mais um livro que fico conhecendo aqui no seu blog, achei bem interessante e gostaria de ler, a capa me lembrou os livros da Jojo...bjs.
devoradordeletras.blogspot.com.br