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quarta-feira, 16 de julho de 2014

Resenha Proteja-me

 
Proteja-me 
Porque nos tornamos tão distantes quando mais precisamos de carinho? 
Juliette Fay 
Novo Conceito, 2013
 
Sinopse: Quatro meses após a morte do marido, JanieLaMarche continua tomada pela dor e pela raiva. Seu luto é interrompido, no entanto, pela chegada inesperada de um construtor com um contrato em mãos para a obra de uma varanda em sua casa. Surpresa, Janie descobre que a varanda era para ser um presente de seu marido — tornando-se, agora, seu último agrado para ela.  Conforme Janie permite, relutantemente, que a construção comece, ela se apega aos assuntos paralelos à sua tristeza: cuidando de seus dois filhos de forma violentamente protetora, ignorando amigos e família e se afundando em um sentimento de ira do qual não consegue se livrar. Mesmo assim, o isolamento autoimposto de Janie é quebrado por um grupo de intervenções inconvenientes: sua tia faladeira e possessiva, sua vizinha mandona, seu primo fofinho e até Tug, o empreiteiro.  Quando a varanda vai tomando forma, Janie descobre que o território desconhecido do futuro fica melhor com a ajuda dos outros. Até daqueles com os quais menos esperamos contar.

Janie está passando por um momento difícil em sua vida. Seu marido morreu em um acidente banal e improvável, ela tem que cuidar sozinha de seus dois filhos pequenos e totalmente dependentes dela quando a falta de animo e foco a assola. Janie está ranzinza e de mau com a vida, seu amigo, seu irmão, marido, amante e companheiro de todos os momentos lhe foi tirado de forma brusca e seu abrigo caiu por terra.
Recuperar-se do luto não está sendo um processo fácil, Janie tornou-se possessiva e extra cuidadosa com seus filhos e ao mesmo tempo está cansada de sua família, de sua proteção. Ela está reclusa e talvez fadada a seguir o mesmo destino de sua mãe.
Seu luto é interrompido pela chegada de Tug, ele foi contratado pelo falecido marido de Janie para construir uma varanda, o ultimo presente e a última lembrança viva de seu marido.
Tug é um homem com muitas feridas também, a vida não foi fácil para ele, porém ele aprendeu a ter uma visão mais positiva dos fatos e ele sabe que Janie precisa de ajuda, mas até que ponto ele pode e deve se envolver com ela?
Janie é muito peculiar, ela não conhece a própria força interior, por isso busca nas pessoas um porto seguro, mas ela busca consolo em quem a compreende e deixa com que ela se expresse e não em quem quer protegê-la de dores.
Juntando a impertinência de Tug e de sua família, composta pela tia Jude, o primo Comarc e os agregados como sua vizinha Shelly, a mãe do melhor amiguinho de seu filho e padre Jake aos poucos vão ajudando-a a se recuperar progressivamente de seu estado. Janie aos poucos vai construindo um novo abrigo para si própria e para os filhos.
“Sabe qual foi a coisa mais estranha desse ano todo? Essas pessoas que eu comecei não gostando nem um pouco... acho que eu estava brava demais para gostar de alguém... E agora elas significam tanto para mim. Foram as pessoas que eu menos esperava que poderiam me ajudar foram as mais importantes”página 394
Cada uma dessas pessoas ensinou e ajudou Janie a construir esse novo abrigo. Abrigo aqui é entendido como um sentido emocional, de aprender a reviver, reaprender a apreciar os pequenos prazeres e que mesmo com as maiores dificuldades a vida continua. Calmo e gostoso de ler, a autora mostra os estágios do luto: a dor, a raiva e a reconstrução, mas que principalmente não precisamos passar nossas angustias sozinhos, sempre estamos cercados de carinho, basta aceitá-lo.
 

19 comentários:

  1. Oie,
    li este livro há algum tempo e confesso que não curti tanto. Não sou tão fã de livros tristes.

    bjos

    http://blog.vanessasueroz.com.br

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  2. Não me lembro de ter lido nenhum livro que trate especificamente sobre o luto. A maioria fala sobre eles como consequência da morte de algum personagem, mas não o usa como foco. Fiquei curiosa, mas também receosa de ficar muito impactada.
    Beijinhos!
    Giulia - Prazer, me chamo Livro

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    1. é um livro leve Giulia, que nos faz refletir acima de tudo!

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  3. Oi Thaila! Eu vi uma resenha sobre este livro estes dias também. Sabe que o que falou ali em cima que a tristeza faz parte da vida também é verdade. Acho que os livros nos ensinam sobre tudo. Cada autor(a) coloca experiências no papel e é importante saber avaliar tudo. Eu tenho este livro na minha lista.

    Beijos

    Greice Negrini

    Blogando Livros
    www.amigasemulheres.com

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    1. Realmente, os livros nos ensinam muito sobre as diversas coisas que passamos

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  4. Nunca li o livro, mas sua resenha me deixou curiosa e o assunto também rs.

    Beijos
    http://fernandabizerra.blogspot.com.br

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  5. Thaila, tenho este livro na minha estante desde o lançamento, mas acredita que até hoje não li rsrs
    Acho que falta ânimo, porque a leitura parece ser bastante intensa ;x
    beijos
    No Limite da Leitura

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    1. Ela é intensa, mas ao mesmo tempo leve porque nos envolvemos

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  6. Oi Thaila,

    Que bacana sua resenha, fiquei curiosa com relação a jornada da protagonista, é sempre bom reaprender a confiar em si mesma e a aceitar o amor e o carinho.

    Beijos,

    Pah - Livros & Fuxicos

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  7. Olá Thaila!
    O livro parece ter uma história de vida incrível, um ensinamento para levar consigo para sempre...
    Não sei se estou pronta para uma leitura assim neste momento... Estou naquele clima mais romance alegre, sabe? rs.
    Mas espero ler o livro, e aprender com ele, algum dia.
    Ótima resenha!
    Beijos,
    Ana M.
    www.vicioemlivros.com

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  8. Oi Thaila, tudo bem?
    O livro parece ter uma história incrível! Eu espero ler, viu? Fiquei encantada com a sua resenha :)

    Beijos,
    Gabi - http://leitoraonline.blogspot.com.br

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  9. Thailinha, querida, tenho esse livro e ainda não encarei as muitas páginas. Tenho a impressão que é um livro morno... mas como vc diz que éuma narrativa calma e gostosa, vejo como uma reconstrução da protagonista, com boas lições e reflexões sobre a dor da perda e a necessidade de seguir em frente. Disso eu gosto.
    Beijo!

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  10. Oi Thaila,
    Comovente esse enredo, realmente todos nós temos uma parte triste na vida e temos de saber lidar com elas. Bela resenha!
    Beijocas Elis - http://amagiareal.blogspot.com.br/

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